Christopher Dior (1905-1957) fundou sua grife CHRISTIAN DIOR em1947, em Paris, França Designer atual: John Galliano
Um homem tímido e aparentemente comum, Christian Dior (1905-1957) transformou a maneira de se vestir após a Segunda Guerra Mundial e criou o estilo dos anos 50. Quando todos previam simplicidade e o conforto, ele propôs o luxo e a feminilidade extrema, copiados por mulheres do mundo inteiro.
A grife Christian Dior sobreviveu ao seu criador e ainda hoje é sinônimo de luxo e sofisticação. Desde 1997, o inglês John Galliano é quem está à frente das criações da marca.
"Nós saímos de uma época de guerra, de uniformes, de mulheres-soldados, de ombros quadrados e estruturas de boxeador. Eu desenho femmes-fleurs, de ombros doces, bustos suaves, cinturas marcadas e saias que explodem em volumes e camadas. Quero construir meus vestidos, moldá-los sobre as curvas do corpo. A própria mulher definirá o contorno e o estilo."(Christian Dior )
Gabrielle Bonheur Chanel (1883-1971) fundou sua grife em 1910, em Paris, França Designer atual: Karl Lagerfeld
História: Gabrielle Chanel entrou no ramo da moda como chapeleira, mas foram as roupas que consagraram seu nome.
Conhecida por seu estilo despojado e independente, libertou as mulheres das roupas apertadas com saias longas e popularizou os clássicos vestido pretinho e sapatos bicolores. Entre suas criações estão as calças de marinheiro, o vestido chemisier e a fragrância Chanel nº 5.
Quando morreu, sua maison perdeu o rumo, mas recuperou-se com a mão firme de Karl Lagerfeld em 1983. Talentoso, Karl foi descoberto cedo, aos 17 anos. Em um concurso, seu modelo venceu e foi produzido por Pierre Balmain, que contratou o jovem como seu assistente.
Trabalhou para Jean Patou, Fendi,Chloé e tem sua própria marca.Nos últimos anos, Karl se aventurou como ilustrador,fotógrafo e figurinista, e possui uma livraria e uma editora de livros.
Recentemente, perdeu 47 kg em uma dieta, que descreve no livro The 3D Diet (sem título em português), que foi um sucesso de vendas. Hoje, comanda as linhas de alta costura e prêt-à-porter da Chanel, e mantém a marca como referencial de elegância e bom gosto para mulheres de todas as idades.
Cristóbal Balenciaga (1895-1972) fundou a grife BALENCIAGA no ano 1919 ,emSan Sébastian, Espanha Designer atual: Nicolas Ghesquière
História: Cristóbal Balenciaga nasceu em 1895 na região Basca espanhola. Descoberto aos 12 anos, desenhou um vestido para uma marquesa, e foi convidado para ser aprendiz de alfaiate em Madri.
Aos 20 e poucos, já tinha sua casa de alta-costura. Aos 52, mesmo tendo clientela fiel em Madri, muda-se para Paris.
Lá, apresentou sua primeira grande coleção, muito bem recebida. Atraiu celebridades e damas da sociedade, que corriam para o nº 10 da Avenida George V em busca do corte e acabamento perfeitos do estilista. Habilidoso, desenhava, cortava e costurava com perfeição as peças com o ar dramático que definiu seu estilo.
Criou modelos de festa incríveis, abrigos de chuva impermeáveis e uma variedade infinita de vestidos, boleros, e outras peças.
O auge veio nos anos 50 e no final da década lança sua versão do terninho feminino, com paletó curto e saia de cintura alta. Encerrou a carreira em 1968, após criar uniformes para a empresa aérea Air France e lançar uma última coleção.
Aposenta-se e volta à Espanha, depois de mais de 30 anos de sucesso e inovação na moda. Uma cliente, a Condessa Mona Bismark, chegou a se trancar em casa por três dias de tanto desgosto ao saber da aposentadoria do arquiteto da moda. Balenciaga morre em 1972 e seu nome só reaparece em 1978, na aquisição da marca por um grupo financeiro.
Em 1995, o estilista Nicolas Ghesquière chegou para cuidar dos acessórios da marca e seu talento o levou à direção da criação, dois anos depois. Em 2001, Ghesquière comprou a Balenciaga em parceria com o grupo Gucci, e a dirige com pulso firme, revivendo o prestígio e respeito que a casa teve em seus anos dourados.
Sem dúvida, a década de 80 foi extremamente intensa e inovadora, lançando tendências em todos os aspectos do cenário cultural.
Na moda, não seria diferente. Muitos estilos foram criados nos anos 80 e alguns, são recriados atualmente.
Algumas das mais famosas grifes têm feito interessantes releituras da moda dos anos 80 em suas mais recentes coleções. O atual estilo "retrô" nada mais é do que uma imitação da moda dos anos 80
A moda dos anos 80 expressava alegria, versatilidade, diversão, ao mesmo tempo em que exibia facetas de sensualidade, ousadia e sofisticação. Uma década marcada pela presença de visuais extravagantes e pela ostentação.
O visual exagerado e poderoso dos anos 80 refletia os acontecimentos da época, como o fenômeno "yuppie", composto por jovens workaholics profundamente empenhados na conquista de seu primeiro milhão antes de completarem 30 anos.
Suspensórios e gravatas coloridas não faltavam no guarda-roupa dos adeptos ao estilo "yuppie". Destaca-se, também, o ingresso das mulheres no mercado de trabalho, competindo porcargos executivos e de chefia.
O figurino era representado por roupas com cintura e cós altos, ombreiras exageradas, ao lado de pregas e drapeados, usados durante o dia ou à noite.
Os tailleurs com ombreiras proporcionavam uma aparência poderosa e alinhada.
Os vestidos valorizavam a silhueta feminina, com cintura marcada, saias balonê e mangas bufantes ou "morcego".
Essa competição entre homens e mulheres por igualdade no mercado de trabalho pode estar direta ou indiretamente relacionada ao estilo "andrógino".
David Bowie, Annie Lennox do Eurythmics, Peter Burns do Dead or Alive e Boy George do Culture Club são fortes adeptos deste estilo.
Mais de 2 décadas se passaram do surgimento do inesquecível e colorido estilo "New Wave", com peças em cores cítricas, chamativas e fosforescentes usadas em conjunto, numa mistura alegre e vibrante.
Bandas como The B-52's e Devo foram pioneiras neste estilo, com seus penteados extravagantes e roupas mega coloridas.
Tecidos como o stretch proporcionavam um ar futurista às roupas, enquanto os cortes de cabelo eram assimétricos.
O gel para cabelo "New Wave", com um cartela de cores vibrantes, proporcionava jogos de tons e contrastes e era demasiadamente utilizado pelos jovens nos anos 80.
O "look molhado" obtido com gel para cabelos, fez a cabeça de homens e mulheres, em penteados marcados por fartas permanentes e altos topetes.
O Rei e a Rainha do Pop influenciaram fortemente a moda dos anos 80. Michael Jackson, com suas jaquetas coloridas, extravagantes e em material sintético, com uma infinidade de zíperes, e roupas que lembravam fardas militares, sempre com muito brilho e pompa.
Madonna, com muita renda, faixas de tule na cabeça, pérolas, crucifixos, ombreiras, minissaia sobre legging, meia arrastão, maquiagem pesada com olhos bem pintados e batons em cores vivas, cabelos cuidadosamente despenteados, armados, cacheados e na altura dos ombros, num visual rebelde/chique e, é claro, jaquetas jeans, sempre adornadas.
O jeans teve seu ápice nos anos 80, com calças baggy e semi-baggy. Pool e Staroup são algumas das principais marcas de jeans da época.
Outra característica da época eram os óculos Ray-Ban (marca de óculos, leia-se "rrei-ben", mas que no Brasil popularmente virou simplesmente "rai-ban"). Madonna, Tom Cruise, Michael Jacskon ajudaram o Ray-Ban a virar moda no mundo, e no Brasil, foi uma das principais febres dos anos 80, fazia parte dos mais estilosos oitentistas.
Nos garotos, o típico estilo New Romantic misturado ao Yuppie e com pitadas da moda: gola alta (às vezes uma simples camiseta), blaser escuro por cima, aberto e o Ray-Ban tradicional.
No Brasil, as jovens encantavam-se com os batons 24 horas, em cores vivas.
A marca de batom Boka Loka foi muito difundida e consumida e teve seu lançamento vinculado a uma novela da Rede Globo.
O famoso batom "moranguinho" também marcou aquela época.
Muitas tribos surgiram nos anos 80, cada qual com suas respectivas características.
Houve o boom da ginástica aeróbica, com sua "geração saúde", sempre com muita lycra em suas peças de vestuário, collants e as inesquecíveis polainas, que eram usadas como acessórios casuais.
O uso de faixas na cabeça virou febre (Bandana).
Mesmo quem não fazia aeróbica, usava a famigerada faixa para "aprimorar" o visual.
Cazuza e Xuxa tinham a faixa na testa como sua marca registrada, além do Rambo.
Havia o gosto pra lá de duvidoso das roupinhas de oncinha característico das bandas de "rock farofa" como eram conhecidos os adeptos do estilo musical menos criativo dos anos 80, o rock farofa.
As roupas se tornaram mais práticas, mais sintéticas e o prêt-a-porter se tornou o grande ícone da década.
Esta atmosfera esportiva e de culto ao corpo acabou levando o moletom e a calça fuseaux para fora das academias e o tênis foi consagrado como o calçado para todas as horas, fazendo ressurgirem os calçados baixos, como mocassins clássicos e multicoloridos.
Vale recordar marcas como Kichute, All Star (atemporal), calçados estilo "Canon" da marca London Fog, Starsax, calçado iate (a marca OP fez história com seu modelo quadriculado, em todas as cores imagináveis, mas tudo isso veremos no próximo capítulo - Calçados dos anos 80).
Relógio das marcas Champion, que possibilitava a troca de pulseiras em uma ampla gama de cores, com o fenômeno da New Wave, havia a necessidade de usar e abusar das cores, sem precisar comprar um relógio diferente por dia, e os digitais Casio,
foram exaustivamente usados nos anos 80.
E a moda do G-Shock, o relógio à prova de quedas, acidentes, muitos testaram a confiabilidade da propaganda e perderam o relógio, afinal muitos eram paraguaios mesmo, "importados" da famosa Galeria Pagé...
Mochilas e carteiras emborrachadas também eram acessórios obrigatórios para a juventude da época.
Ir para a escola com uma mochila emborrachada da Fico, era sinônimo de Status, depois surgiram as versões de marcas mais baratas, como a 775, que popularizaram as mochilas emborrachadas, as carteiras da Fico também eram o must da época, e claro também suas cópias, 775, Cairê, que fizeram muito sucesso também.
A gola alta foi retomada com muita força, aliás os New Romantics brasileiros adaptaram completamente a moda.
Na Inglaterra, A Flock of Seagullls, Duran Duran, Depeche Mode, Visage, Culture Club, usavam maquiagem, lenços no pescoço (que cobriam muitas vezes todo o pescoço) e calças sociais baggy.
No Brasil as calças sociais dos New Romantics e também dos Yuppies, com linho de altíssimo padrão estavam totalmente fora da realidade econômica e do alcance da maioria da população.
O cinema também teve um papel essencial na difusão das tendências de moda nos anos 80. Os videoclipes, inovadores, que uniam som e imagem, filmes como "Blade Runner" reafirmaram algumas fortes tendências da moda.
O universo musical era eclético, no qual uma infinidade de bandas lançavam diversas tendências: New Romantics, New Wavers, Darks, Góticos, Metaleiros, Rastafaris...
Luxo, poder e status definem com exatidão os desejos da década de 80.
A moda e a propaganda apressaram-se em suprir tais desejos, com muito dourados em acessórios de grandes proporções, muita riqueza e glamour.
A década de 70, rica culturalmente, também foi marcada por movimentos jovens que refletiram na moda, como os baladeiros da era do disco, punks e os hippies.
Os jovens setentistas romperam a barreira entre o masculino e feminino. O jeans se tornou uma peça unissex por essência e o modelo 501 da Levis, ao lado da jaqueta perfecto e do Converse, virou um clássico.
Medicinas e terapias orientais chegaram ao Ocidente e elementos étnicos entraram pela porta da frente do mundo fashion pelas mãos de Yves Saint Laurent.
Em meados da década, a estética hippie já perdia sua força. "Era a vez das discotecas" . As pistas de dança, assim, se tornaram grandes passarelas.
Camisas de cetim, meia-calça de lurex e roupas à base de lycra eram o uniforme dos baladeiros.
Amantes da natureza, os hippies valorizavam tecidos como algodão, lã e seda.
Romantismo: Vestidos com babados e estampas de flores davam delicadeza à juventude paz e amor.
Multicultural: Estampas étnicas chegam às passarelas de Paris pelas mãos de ninguém menos que Yves Saint Laurent.
Pacifismo: Jane Fonda participou de movimentos que pediam o fim da Guerra do Vietnã. Caiu nas graças dos hippies e foi alçada à musa de uma geração.
Glam-Rock: A androgenia de artistas como David Bowie agregou calças justas, botas de salto e, sobretudo, a maquiagem ao visual dos homens.
Na pista: O filme Os Embalos de Sábado à Noite traz a febre das discotecas às telas do cinema com John Travolta.
Além da aparência: Entre uma tacha e outra, o movimento punk pedia conscientização política aos jovens. Beleza: Cada tendência foi marcada por um tipo diferente de maquiagem.
Hippies: A região dos olhos era mais valorizada. As sombras e lápis recebiam cores ligadas à natureza, como o verde e o azul. O cabelo tem aspecto natural e ondulado.
Juventude disco: O glitter prata nos olhos e têmporas davam glamour à geração disco. A boca era sempre finalizada por gloss.
Punk: Mais é mais para essa tribo. O cabelo, grande destaque, recebia cores inusitadas, como vermelho e amarelo. Os olhos dramáticos eram febre entre os seguidores.
O estilo dos anos 1970 está na moda. Suas peças amplas, como a pantalona, o maxicolete e o macacão, aliam o conforto à elegância e podem até ir às festas.